quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Geografia 9ºano

Trabalho Geografia 9º ano
Realizado por: Hugo Silva e Nelson Tavares
Tema: As Florestas, um Património a Preservar 

INTRODUÇÃO
O trabalho "As Florestas: Um Património a Preservar" foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia, leccionada no 9ºano de escolaridade.
A ideia para realização deste trabalho surgiu porque Portugal irá comemorar o Ano Internacional das Florestas, em 2011, e, tendo em conta que os espaços florestais ocupam a maior parte do território (cerca de 59%) torna-se urgente alertar e sensibilizar as populações, por isso, é importante começar pelas escolas, pelos mais pequenos.
"O que significa ser verde?" Esta expressão traduz a atitude de todos os que pensam e se preocupam com o ambiente e tentam viver de forma a não contribuir para a sua degradação.
É em nossa casa, na escola e na área onde vivemos que devemos começar a procurar soluções para os problemas ambientais. Por vezes, ao analisarmos os problemas ambientais, pensamos que eles são tão vastos que a nossa atitude em nada pode contribuir para alterar o estado crítico em que se encontra o ambiente. É um erro pensar desta forma. Não se deve esquecer nunca que os problemas, se bem que sejam globais são provocados por milhares ou mesmo milhões de pequenos problemas locais.
Quando se ajuda a resolver os problemas locais, estamos a contribuir para a resolução de alguns problemas globais.

IMPORTÂNCIA DAS FLORESTAS A NÍVEL ECONÓMICO, SOCIAL E AMBIENTAL
A floresta encerra uma grande biodiversidade e garante o necessário equilíbrio ecológico. Por isso, ela é cada vez mais reconhecida como um espaço de importância fundamental para a manutenção dos valores naturais e para a melhoria da qualidade de vida das populações.
As florestas cobrem cerca de 30% da superfície terrestre. É nas florestas e noutros cobertos vegetais que se realiza a fotossíntese da qual depende a vida: produção de oxigénio a partir do dióxido de carbono. Elas são depositárias de dois quintos de todo o carbono armazenado nos ecossistemas terrestres, sendo consideradas como “pulmões do mundo” ou “sumidouros de carbono”.
Além da indispensável função fotossintética, as florestas desempenham papéis extremamente relevantes, quer a nível ecológico, quer económico e mesmo social. Entre inúmeras funções, elas
·         São fonte de bens como madeiras, combustíveis, alimentos e matérias-primas (ex. resina, celulose, cortiça, frutos, bagas);
·         Têm funções de protecção do solo contra e erosão, de controlo do ciclo e da qualidade da água;
·         Concentram a maior parte da biodiversidade terrestre, nomeadamente, de espécies vegetais e animais;
·         Têm um elevado valor paisagístico e recreativo.

Para além da importância no fornecimento de bens e serviços tradicionais como a madeira e outros, as florestas têm ainda um valor indirecto associado ao armazenamento ou absorção de carbono. Explicando um pouco este fenómeno de armazenamento, a fotossíntese que ocorre nas plantas terrestres é responsável pela retenção de carbono atmosférico no material vegetal e, eventualmente, na matéria orgânica no solo. Logo, os ecossistemas com grande biomassa e com o solo pouco perturbado, como as florestas, retêm o carbono, sob a forma de dióxido de carbono (CO2) numa escala temporal muito maior, na ordem de décadas e séculos.
Contudo para absorver o carbono (CO2) que emitimos para a atmosfera, um dos gases responsáveis pelo Efeito de Estufa, seria necessário plantar uma média de 1000 árvores por pessoa e por ano, e se as novas florestas fossem cortadas e queimadas pelo Homem ou por fogos florestais, o CO2 removido seria emitido para a atmosfera, acelerando o aquecimento global do planeta.
Existem estimativas que apontam para uma capacidade das florestas europeias compensarem em 11% o CO2 que é emitido devido à queima de combustíveis fósseis, o que representaria quase o dobro das reduções de emissões a que a União Europeia se propõe ao abrigo do Protocolo de Quioto.
Em síntese, a quantidade de Gases com Efeito de Estufa (GEE) de um país é contabilizada através da soma dos poluentes (GEE) provenientes das chaminés das indústrias, dos escapes dos automóveis, das lixeiras e dos campos agrícolas, menos o total dos gases absorvidos pela vegetação, com ênfase nas florestas.
Este raciocínio tem levado muitos países a desenvolverem acções sob três linhas estratégicas simultâneas:
·         Evitar os incêndios florestais, através da limpeza dos terrenos, proibição de fogueiras, mais cuidado com as queimadas com fins agrícolas ou de pastorícia, que nunca devem ser feitas de manhã, campanhas publicitárias que alertam para o risco de incêndio, mais guardas florestais em vigilância pelas florestas, mais e melhores meios de combate aos incêndios;
·         Reflorestação, com plantação de novas árvores depois do corte das velhas, tratar as árvores contra seres vivos prejudiciais (doenças e pragas);
·         Fazer uma exploração racional das florestas.

Recordamos que uma floresta demora dezenas e mesmo centenas de anos a formar-se.
Quando destruímos uma floresta, estamos a destruir um ecossistema com uma tal biodiversidade, que importa fazer cada vez mais esforços no sentido de a defender como uma valiosa fonte de riqueza natural.

A DESTRUIÇÃO DAS FLORESTAS – AS CONSEQUÊNCIAS ECOLÓGICA DA ACÇÃO DO HOMEM NO MEIO
As florestas desempenham um papel muito importante na purificação do ar, na estabilização do clima, na fixação das camadas superficiais do solo e na sua fertilidade, assim como na retenção das águas. Além disso, são o habitat da vida selvagem e para o Homem constituem uma fonte de alimento, de matérias-primas (lenha, fibras, madeira, etc.), de diversão, de recreio e de lazer.
Mas a intervenção do Homem no meio tem provocado grandes alterações nos ecossistemas e a degradação do ambiente. Nos países industrializados, o Homem tem alterado profundamente o meio, com o objectivo de aumentar a produção.
Nos países europeus, a destruição das florestas foi um processo que se iniciou há muitos anos, tendo-se intensificado a partir do século XVIII. O recuo da floresta deve-se a um conjunto de factores:
·         Aumento da superfície ocupada pela agricultura e pecuária  
·         Forte crescimento urbano e industrial;
·         Construção de infra-estruturas;
·         Crescimento do Turismo

No entanto, a partir da década de 70, as florestas têm um outro inimigo nos países europeus – as chuvas ácidas. Na Europa, 14% das florestas são vítimas da acidificação do ambiente.

OS INCÊNDIOS SÃO UM IMPORTANTE INIMIGO DAS FLORESTAS
Os incêndios representam outra ameaça para as florestas, sobretudo nos países da Europa Meridional, cujo clima regista um longo período seco no Verão.
Na origem dos incêndios, estão, muitas vezes, causas naturais, como, por exemplo, as erupções vulcânicas. Mas a maioria dos incêndios são intencionais e motivados por interesses socioeconómicos, como por exemplo, a necessidade de espaço para a agricultura e criação de gado, o comércio de madeira, etc.
Nos países da Europa Meridional, com um clima mediterrâneo, a vegetação primitiva, quando é destruída, é, depois, naturalmente substituída por uma associação vegetal resistente ao fogo.
Contudo, nas áreas em que os declives são fortes, a reconstrução da floresta pode ser difícil. O desaparecimento da cobertura vegetal expõe os solos aos agentes erosivos (vento e chuva) e a camada superficial do solo é facilmente destruída.
Alguns países, como Portugal, vêem as suas florestas e fauna desaparecerem devido ao flagelo dos incêndios. O Governo português, reconhecendo a importância das florestas no equilíbrio do ambiente, tem estimulado a reflorestação das áreas queimadas. Com esta medida, tenta-se contrariar os mecanismos de erosão dos solos e reequilibrar os ecossistemas

PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA DESFLORESTAÇÃO
A destruição dos solos e das matas tem efeitos desastrosos no equilíbrio ambiental. As florestas, com as suas raízes, protegem os solos dos agentes erosivos. Dificultam a acção de desgaste e transporte das camadas superficiais dos solos (terra e elementos nutritivos). Quando o solo fica sem vegetação, fica mais exposto à actuação dos agentes erosivos.
Com a ausência de cobertura vegetal, a infiltração de águas nos solos diminui, aumentando a escorrência das águas à superfície. Este facto é duplamente negativo porque, para além de diminuírem as águas subterrâneas, que são importantes reservatórios de água doce, também se verifica, através da maior escorrência superficial, um aumento da erosão e transporte de materiais para os rios, contribuindo para o seu assoreamento.

FORMAS DE PRESERVAÇÃO E PROTECÇÃO DAS FLORESTAS
Devemos lutar pela preservação das florestas, porque elas constituem-se um ecossistema de maior biodiversidade existente no planeta. É preciso que façamos algumas coisas concretas em favor das florestas; desenvolver atitudes correctas, com acções unidas às intenções do bem da natureza. É uma questão de sobrevivência, para todos nós seres humanos, preservar as florestas. Somos nós que precisamos delas para nossa vida e não elas que dependem de nós! As florestas conferem-nos enormes benefícios além dos vegetais produzirem beleza, riqueza e a alimentação que precisamos.
Podemos ajudar a preservar as florestas de muitas formas, plantando uma árvore, por exemplo. Porém, a maior contribuição que devemos dar à natureza é estudá-la para compreendê-la, tomarmos consciência de sua importância no equilíbrio ecológico do planeta e socializar esta compreensão com os nossos semelhantes na forma de ensinamentos, de sensibilização e nas atitudes correctas em prol das árvores, dos arbustos, das herbáceas, etc.
Devemos aprender e ensinar, enquanto aprendemos, que as plantas são extremamente necessárias à nossa sobrevivência, além de trazerem muitos benefícios para nós, para uma imensa multidão de animais e para o ambiente em geral, tais como:
·         fornecem abrigo e alimento para os animais;
·         amenizam a temperatura ao humedecer o ar;
·         controlam a poluição ao reciclar o ar;
·         evitam a erosão ao propiciar a infiltração das águas da chuva no solo;
·         diminuem a poluição sonora;
·         criam barreiras contra o vento, evitando a erosão eólica;
·          permitem a preservação de muitos insectos, com o fornecimento do néctar de suas flores;
·         embelezam a natureza com suas flores, que encantam a todos nós com os seus aromas e extraordinária beleza.

Podemos tomar atitudes práticas de preservação ao aprendermos a aprender sobre as florestas e, ao mesmo tempo, ensinarmos as pessoas, colegas, família, etc. a:
·         tomarem atitudes correctas para evitar a destruição das espécies vegetais;
·         plantarem uma árvore, colaborando com a arborização;
·         fazerem visitas, a ecossistemas variados, como Jardins Botânicos, Parques e Reservas, Campos, Cerrados Florestas, etc.; não só de lazer, mas também de estudos para conhecimento, compreensão e conscientização acerca da importância, para continuidade da nossa existência, a preservação desses santuários da vida.

Uma floresta nos revela:
·         um grande número de espécies diferentes;
·         um ecossistema com a maior biodiversidade do planeta;
·          e adaptações que permitem a sobrevivência dos animais;

Uma floresta não é só um aglomerado de árvores. Uma floresta é um conjunto de espécies de animais e vegetais que se relacionam entre si e com os factores do ambiente.


CONCLUSÃO
Esperámos que este trabalho esteja de tal forma esclarecedor para todos, uma vez que é de concluir que nós, humanos, somos os principais responsáveis pela preservação das florestas.

Nota: Este trabalho foi apresentado com imagens que aqui não aparecem.

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